Entre os dedos o cigarro aceso
Tragando vou soltando fumaça
Que vai chegando as nuvens
Como as ideias aleatórias voam
Diante de mim tem uma garrafa
Estou preste a tomar um porre
Vou bebendo cada gota da pinga
Para afogar as minhas mágoas
Destilando aos poucos as dores
Tentação em dose dupla é a raiva
Perante uma encruzilhada estou
Um abismo sem fim vai se abrir
Como um magnetismo me atrai
Arrastando-me para um buraco
Quem dera ouvir a voz humana
Que entendesse minha situação
Não quero escutar a voz daquele
Que se acha um verdadeiro deus
Com suas palavras de reprovação
Sou um homem dotado de erros
Osvaldo. Teles
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