Sou matuto nascido no sertão
Trabalho a terra com sol a pino
Amo este meu pedaço de chão
E a simplicidade deste cotidiano
É o que trago sempre comigo
Gravada na minha lembrança
A casinha de sapê era o abrigo
Da janela dá para ver a festança
A passarada soltou os cantos
A lua rabiscado lá no horizonte
Vou escrevendo os meus contos
No amanhecer me banho na fonte
Não tem com esquecer desta terra
Onde o meu umbigo foi enterrado
O sol nascendo por trás da serra
Meu coração batendo mensurado
Sentado no alpendre as ideias voam
Absorvendo o perfume da orvalhada
Os galos de manhã os cantos entoam
A plantação nasci viçosa na malhada
Osvaldo Teles
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