sábado, 13 de março de 2021

Nascido no sertão

Sou matuto nascido no sertão

Trabalho a terra com sol a pino

Amo este meu pedaço de chão

E a simplicidade deste cotidiano


É o que trago sempre comigo

Gravada na minha lembrança

A casinha de sapê era o abrigo

Da janela dá para ver a festança


A passarada soltou os cantos

A lua rabiscado lá no horizonte

Vou escrevendo os meus contos

No amanhecer me banho na fonte


Não tem com esquecer desta terra

Onde o meu umbigo foi enterrado

O sol nascendo por trás da serra

Meu coração batendo mensurado


Sentado no alpendre as ideias voam

Absorvendo o perfume da orvalhada

Os galos de manhã os cantos entoam

A plantação nasci viçosa na malhada 



Osvaldo Teles

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