segunda-feira, 7 de março de 2016

A bela adormecida

A bela adormecida
Adormeceu ao meu lado
Sinto-a esvanecer
Aquela que foi menina
A virgem que fiz mulher
Bebi o mel de sua boca
A cada cheiro um suspiro
As suas unhas cravadas no meu peito
Sentia o seu respiro ofegante
Resplandecia no seu rosto o brilho
E a moleza da satisfação
A donzela deixava refletir
O esplendor deste mágico momento
Até o universo fez festa
Lá fora tudo parou
As aves no galhos das árvores
Esperando o dia raiar
Para começarem a desejar
O sábia puxava a sinfonia
As plantas se balançavam fugazes
Com o sopro do vento
Estávamos em sintonia
Um ser celestial me embalava
Durante o sono
Usastes o pulsar de suas artérias
Cadenciando os meus batimentos

Osvaldo Teles

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