terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Sou um grão de areia

Sou um grão de areia na imensidão da praia
Insignificante tal qual um zero à esquerda
Isolado era assim que eu me sentia sozinho
Quis achar o significado da minha existência

Quisera encontrar a minha grandeza interior
Viagens interioranas intermináveis eu fiz
Fui arrastado pelas mazelas da humanidade
Levado a mais profunda escuridão da alma

Quedas violentas o meu corpo se submeteu
Sedento de sabedoria que busquei nos livros
Quero explicação para todos acontecimentos
O que me restava era acreditar no impossível

Levantar do mar de lamas que me enterrei
Levantei procurei forças onde não existia
Os joelhos ardiam de tanto que lhe pedia
A fé foi a única coisa que me motivava

Fervoroso rogava aos céus clemência
Acredito que o acaso estava pregando peça
As ideias se condensam em mistura insana
O espírito vagueia alheio a nossa situação

Osvaldo Teles

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