quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Alcova

Em minha alcova impera o silêncio
Dentro ela algumas garrafas vazias
A embriaguez toma conta da mente
Não percebo nada à minha frente

Por toda parte só veja as paredes
Como um sepulcro elas se parecem
Lá fora a calma domina o ambiente
Quebrado apenas por meu soluço

Liberando o meu grito da garganta
O choro vai sair espontaneamente
Na gélida cama um corpo estático
Há um lugar vazio ao meu lado

Na penumbra um ser se encontra
Olhando o teto me sinto desolado
Em tom de súplica clamo seu nome
A massa encefálica já não pensa

Sabes a falta que sinto das carícias
Clareada entra pela fresta do telhado
Ao sufrágio o espírito é condenada
A massa encefálica já não faz pensar

Osvaldo Teles

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