domingo, 20 de outubro de 2019

Flutuei como plumas

Flutuei como plumas sopradas
Pelo sopro quente de sua boca
Fechei os olhos para sintetizar
 Sentindo a grandeza do seu ser

A leveza que meu corpo ganhou
Ganhei a suavidade da borboleta
Que voa bailando sobre o vento
Não obstante estar o horizonte

Até as nuvens brancas alcançou
Decolei a massa ficou na cama
Aguardando o retorno do espírito
Que se deslocou juntinho comigo

Deixando-me alheio por instante
Contudo vou me aproximo do real
Quando deparo com ti nos sonhos
A irreverência reflete no seu nude

Vai desnudando todo o meu pudor
O gemido se espalha pelo quarto
Ergo as mãos para acolher-te depois
Que a sua mente tocou as estrelas

Osvaldo Teles

Nenhum comentário:

Postar um comentário