Não via a beleza ao meu em torno
Daltônico tudo era preto e branca
Vislumbrei de uma forma cinzenta
Vivia desorientado no louco mundo
Transitório do sonho e a realidade
O elo de ligação a outra dimensão
Quem me via! Via ali um lunático
Querendo encontrar no existencial
O equilíbrio emocional do espírito
Curando as maledicências da alma
Queria encontrar minha alma gêmea
Preparando-lhe para o ato da carne
Entregando-me sem limites ao amor
Amei-a com toda a minha devoção
O meu pudor se foi para o beleléu
Tornei-me um ambiente compulsivo
Agarrei como uma tábua de salvação
Transformando a minha existência
Dando equilíbrio a minha consciência
Osvaldo Teles
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