segunda-feira, 15 de junho de 2020

Solitariamente

Solitariamente estava no meu canto
E distante de tudo que me rodeava
Estava parecendo um paradoxo total
Na quietude que há guardada no ser

Flutuava entre o terreno e o celestial
Perdi o controle das minhas ações
Com o corpo parado o pensar viaja
Na velocidade da luz fui arremetido

Naveguei guiado pelas constelações
Nas três Marias e o cruzeiro do sul
Cheguei estupefato com o que vi
Via fora do meu mundo a maravilha

Que o mundano me proporcionava
Busquei para dentro do meu mundo
Esqueci que ele já continha beleza
Porém lá fora me causava fascínio

Fascinante era estar ligado a linha
Que me aprendeu ao prazer carnal
Brigando para me religar ao sideral
Desprende a alma do plano terreno

Osvaldo Teles

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