sábado, 13 de fevereiro de 2016

Um dia fui jovem

Um dia fui jovem
Toda vitalidade me pertencia
Levava tudo na brincadeira
As gargalhadas eram fartas
Tudo era motivo para a boemia
O som do violão com os amigos
No fundo da igreja
Regado com cerveja e caipirinha
O corpo da namorada
Protegia do relento
Anestesiados ficávamos
Com a beleza do céu estrelados
Quando a estrela cadente cortava
O céu, fazíamos três pedidos
E ficávamos na esperança
De serem realizados
Pelo menos um foi realizado
Ficar com a mulher amada
Outrora a madrugada na sua cadência
Parecia que o tempo não passava
Quando o dia raiava a poesia fluía
Nas minhas ideias
Vivíamos literalmente no mundo
Respeitando o limite de cada um
São estas lembranças que guardo
Toda as vezes que preciso
De combustível para continuar
Reviro a caixinha das recordações
Regressando, fortificando a juventude
Não deixando morrer a capacidade
De rejuvenescer que existe em mim

Osvaldo Teles Direitos reservados ao autor lei 9610/98

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