Saí costurando os obstáculos
Não temia os perigos nas curvas
Parecia que ia quebrar a barreira
Do vento de tanta velocidade
Os olhos não saíam da estrada
A atenção total para não perder
O rumo da direção nem o foco
Nada para ver pelo retrovisor
Nem a sombra me perseguia
Só tinha uma coisa na cabeça
Chegar era o que tanto queria
Repousaria exausto em seu colo
Que me impedia de proseguir
Capturando no ar a sua essência
Era o combustível que alimenta
A locomotiva desgovernada
Tudo corria em plena calmaria
O controle estava em minhas mãos
De relance surgia aquela imagem
Que fazia por vezes tirar a atenção
Osvaldo Teles
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