domingo, 30 de junho de 2019

Nuvens turvas

Nuvens turvas estacionaram no telhado
O vento adentra pelas as suas frestas
Com os seus assobios melancólicos
Ventania sopra prenúncios agonizantes

A feroz insônia devora o meu sono
Os sonhos deram lugar aos pesadelos
Trêmulo sobre uma cama fria e vazia
A chuva bate na janela trazendo o frio

A pele fica em estado de congelamento
Parado estou com olhar fixo no teto
Não conseguia balbuciar uma palavra
Rezava para espantar os meus medos

O filme de nossa história vai passando
Ficando explícito a falta que você faz
Coloco a cabeça no travesseiro e chora
O ritmo das lágrimas mostra a solidão

Peno dentro da silenciosa madrugada
Tentei gritar alto para aliviar a alma
A conta gotas ela vai se derramando
Esvaziando o seu vasto reservatório

Ficando apenas aquela melancolia
Ao meu lado fica a ronca a tristeza
Um ser clama a sua valiosa proteção
No peito o coração sente a pressão

Osvaldo Teles

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