terça-feira, 4 de junho de 2019

Perverso silêncio

Só escuto o som das minhas lamúrias
Sofria dentro deste perverso silêncio
Que me cortava como uma navalha
Fazendo o coração sangrar por dentro

Desenhando na face os seus traços
Por alguns instantes saiam do corpo
Os pensamentos viajavam lentamente
O solitário quebrando o seu estigma

A solidão levando-lhe a uma reflexão
Qual o meu contexto no planeta terra
Congratulando com o belo que nascerá
A sombra se reflete na branca parede

O espectro vagueia madrugada adentro
Querendo deparar com sua alma gêmea
Aventurando-se em novas aventuras
Desorientado em sua visão de mundo

Em cima de um leito gélido jaz um ser
Açoitado pelo destino deste menino
Os vínculos ficaram marcado na carne
Na mente está gravado as lembranças

Muitos sonhos morreram antes de nascer
Outros ficaram adormecidos a despertar
Acalentando os pesadelos de criança
A procura de novo enredo a sua história

Osvaldo Teles

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