sábado, 10 de julho de 2021

A poeira da estrada

A poeira da estrada já pinta o rosto

O corpo está sentindo seus efeitos

Deixaria expresso o meu composto

As frustrações acumuladas no peito


Como um jumento carregava o peso

Por vezes o passo fica compassado

Ainda tem a fadiga como contrapeso

Cambaleante igual a um boi amuado


Tenho que prosseguir mesmo assim

Deixo para trás o que me causou dor

Com meus ferimentos curados enfim


Deixando de ser o peregrino sofredor

A minha lágrima não cai mais em fim

Devolvendo a esperança ao sonhador


Osvaldo Teles



Nenhum comentário:

Postar um comentário