Adentro solitário no quarto escuro
Estou só com meus pensamentos
Viajando por um espaço obscuro
Coloco em prática os sentimentos
Com o papel sobre a escrivaninha
E com a caneta entre meus dedos
Vou transcrevendo em suas linhas
Os neurônios vão ficando bêbados
Depois sou tomado pela inspiração
A essência vai fluindo na entranhas
Suavizada estar a minha respiração
Desvendo o que fica nas entrelinhas
A sensibilidade d'alma seria exposta
Na composição de sua bela melodia
Vão sendo devidamente compostas
Desenhada com a simetria da poesia
Exala o seu perfume igual a lavanda
Vou absorvendo toda a sua maestria
O coração bate no peito como banda
Livremente o corpo flutuando sentiria
Osvaldo Teles
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