Sou como o barco rasgando o horizonte
Navegando na direção do desconhecido
Abro as velas o vento me leva em frente
Corto as linhas imaginárias ensandecido
Sinto a embarcação rompendo as ondas
Vertigem me provoca com o seu balanço
O oceano vai se abrindo igual uma fenda
Sobre a proa do barco procuro descanso
Não sei o que me espera depois da linha
Muitas interrogações surgindo na cabeça
Quis decifrar a cartografia nas entrelinhas
Fixando nas ideias para que não esqueça
A revolta ventania se torna a minha algoz
As ondas batendo no casco é a tormenta
Neste momento quero voar igual albatroz
Aderiva vou observando tudo pela luneta
Busca terra firme os nervos não aguenta
As imagens vão passando por mim veloz
A minha imaginação vai voando inquieta
Em busca do elo perdido encontrei feroz
Osvaldo Teles
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