terça-feira, 6 de julho de 2021

Perco o equilíbrio

Não sei para onde vão os meus passos

A distância a percorrer é o que assusta

As vistas não conseguem ver o espaço

A dificuldade de caminhar se apresenta


Perco o equilíbrio as pernas bambeiam

A cada passada o caminho fica distante

Na hora da chegada todo corpo titubeia

Como estivesse num frenesi constante 


Pasmei em ver as luzes no final do túnel

Uma mão amiga estava à minha espera

Tinha certeza que está no aguardo o fiel

As jornadas eram concluídas de véspera


As indecisões tomam conta das atitudes

Questionamento acumulando na cachola

Cresço em busca constante da plenitude 

Causando desordem a minha alma chora


Solitária dentro do seu deserto existencial

Satura os fragmentos do eu despedaçado

Todo o ocorrido poderá ser circunstancial

O meu maior prêmio é chegar entrelaçado


Osvaldo Teles



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