Não sei para onde vão os meus passos
A distância a percorrer é o que assusta
As vistas não conseguem ver o espaço
A dificuldade de caminhar se apresenta
Perco o equilíbrio as pernas bambeiam
A cada passada o caminho fica distante
Na hora da chegada todo corpo titubeia
Como estivesse num frenesi constante
Pasmei em ver as luzes no final do túnel
Uma mão amiga estava à minha espera
Tinha certeza que está no aguardo o fiel
As jornadas eram concluídas de véspera
As indecisões tomam conta das atitudes
Questionamento acumulando na cachola
Cresço em busca constante da plenitude
Causando desordem a minha alma chora
Solitária dentro do seu deserto existencial
Satura os fragmentos do eu despedaçado
Todo o ocorrido poderá ser circunstancial
O meu maior prêmio é chegar entrelaçado
Osvaldo Teles
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