Adentrei perdido deserto adentro
Atrás de olho d'água não encontrei
Para beber o líquido doce e precioso
Só vi a minha frente uma miragem
Tirando o foco do caminho a ser seguido
Desvencilhando das armada do tinhoso
Ficando para trás as marcas das pegadas
Lavo no peito a saudade do que passou
Preso aos fantasmas do passado
O desespero assume o comando
Não via a hora de chegar a tenda
Sentindo um marajá em seus beijos
A embriaguez me toma todo o corpo
É como degustar um vinho adocicado
Para apascentar as tensões da alma
Apaziguando as inquietações do coração
Livrei-me das tentações das encruzilhadas
O sol estava esplêndido lá em cima a brilhar
Para terminar límpido a peregrinação
Fico a espera da noite para lua se mostrar
Osvaldo Teles
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