O sol castiga e não cai um pingo de chuva
Para aliviar o padecimento do pobre sertão
Mãos calejadas pelo cabo da enxada
No rosto os traços do seu sofrimento
Olhos carregado de muito lamento
Só ver tudo cinzento a sua volta
Salve salve nossa senhora dos desvalidos
Faz de suas lágrima pingo de felicidade
Traz alento ao padecimento da nossa gente
A terra sente os efeitos da longa estiagem
Parecendo uma terra fantasma! Vazia
Onde não se planta e nem se cria nada
Nem pode colher os frutos da sua lida
Triste realidade do sertão nordestino
Um deserto que engole as esperanças
No campo as sementes não germinaram
No pasta os animais dão o último suspiro
O homem do campo sucumbe à sina
Chove chuva traz vida a nossa terra
Faz brotar do seio da terra vida nova
Osvaldo Teles
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