Dengoso

Dengoso eu fico diante de ti
Ansioso por teu acalento
Afaga uma alma carente
Expulsando a porção de melancolia
Contida nesta carcaça humana
Cambaleante tombo em teu corpo
Em teus seios acorda o menino
A vontade do homem vem a tona
De teus lábios sai o líquido
Que sacia a minha sede de você
O antídoto contra a desilusão
Me dá dengo meu bem
Segue os seus instintos naturais
E se delicia bebendo na fonte das fantasias
Não deixa passar em vão tão lindo querer
Não quero que morra no corpo esta tensão
A dança do amor vai começar
É só a minha Afrodite dizer um sim
Que o seu eros está pronto para a festa
Regada com muito carinho e atenção
A cena repleta de muitas expectativas
Do acerto nos toques perfeito para o delírio
De um ser completamente envolvido
Com com a religião do verbo amar
Compreendendo cada reação
De sua parceira do particípio do fazer amor
Com a magia da entrega sem pudor
De quem quer ser único na vida da amada

Osvaldo Teles