Entrego-me a luxúria

Sinto a frescor da brisa
Tocando o meu rosto
A leveza dos seus dedos
Correndo pelo meu corpo
Trazendo o éden até a mim
Prazeroso é o contato
Do seu corpo com o meu
Entrego-me a luxúria
Flutuando, o vento me leva
Ao teu colo, tuas mãos
Correndo na minha cabeça
Fazem-me perder os sentidos
Extraviando a sina dando
Um novo motivo para um ser
Naufragando em prazer
Sintomas de depressão
São expulsos, dando lugar
A instantes de alegrias
Não faço planos para o futuro
Só penso em viver o presente
Em uma entrega sem limites
Castos ficam os desejos
Tocando a pureza dos pensamentos teus
Não me aprenderei ao tempo
Nem que dure um orgasmo prazeroso
Ou de um espasmo doroloso
O importante é o que de bom ficou
Na junção dos pensamentos
Fazendo um só pensar
Aos poucos vamos nos despedindo
Do nosso tempo, só ficam as rugas
Entalhadas na testa, marcas do que vivemos

Osvaldo Teles