segunda-feira, 10 de julho de 2017

Confuso fiquei

Confuso fiquei diante do espelho
O menino dormia inocentimente
A face já não era a mesma
Duramente castigado pelas rugas
Os traços fisionômicos não reconheço
Perdido fico entre o tempo e espaço
Faço confusão com o sonho de menino
E a realidade dura do adulto
Adulterei o essencial sabor do viver
Tentei ir para outra direção
Reencontrando a motivação para continuar
Sei que em mim estava minhas respostas
Realista tornei-me seguindo  meus instintos
Muitas vezes perde a rédea da situação
Em uma encruzilhada me encontrei
As gaivotas ultrapassam o horizonte
Vou seguindo-as até o infinito
Instintivamente viajo com elas
Entro no túnel do tempo vou a era distante
Retorno a minha origem convicto
Do aprendizado em cada traço facial
Meu eterno amor descobrir em mim
Aprendendo a conviver com as restrições
Que o avanço da idade me impôs
Passei a usar a sabedoria adquirida
Nas topada que dei nas pedras do caminho
Percebe que não é necessário fugir
Um dia irei encontrar-me com a sorte
Com toda sorte chegarei vitorioso ao final
E tudo no final servir-me-a de aprendizagem

Osvaldo Teles

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