quinta-feira, 12 de abril de 2018

Agraciastes

Clamava silenciosamente por amor
Agraciastes com a sua presença
Libertando um ser da sua solidão
Dando doçura as minhas amarguras

Cair estático em seus  braços
Emergir do meu eu solitário
A inércia do corpo é quebrada
Quebrando o silêncio existente

Que buscava no altíssimo as forças
Inexistente as palavras não fluem
O que dizer-lhe desse sentimento
Que nasceu neste encontro das almas

Colando os fragmentos do miocárdio
Aproveitei de toda sua tenacidade
Inexplicavelmente levou consigo
A sofreguidão de um triste coração

Dei adeus às lamúrias constantes
Abrindo a expressão de um ser feliz
Por onde o pensamento andava ansiava
Em teus lábios saciar todos os desejos

Osvaldo Teles

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