domingo, 1 de abril de 2018

Tirei o pé do chão

Tirei o pé do chão rumei a lugares distantes
Porém as raízes ficaram preso no lugar
Andei em  terra longínqua e desconhecida
Alheio o que me espera na primeira esquina

Despeço das ciladas que o destino armou
O cruzeiro anuncia os perigos das curvas
Muitas vezes o desconhecido dava medo
O galo ao cantar fazia recordar o amanhecer

As recordações não me afastou das origens
Vou regressando ao tempo bom da infância
Desesperado para chegar ao ponto de partida
Poeira espalhando pelo rosto desenha

As frustrações que  fizeram quase desistir
Não quis olhar para trás para não ver
Para não ver o que já tinha percorrido
Nem fixar o olhar para frente para não ver

A distâncias que me faltavam percorrer
E deparar com a porta de minha casa
Abraçar a amada e falar que a amo
Tirar o pó do corpo e repousei em seu peito

Renasci como se renasce das cinzas
Recomeçando do meu ponto de partida
A criança sonhadora não deixe morrer
Não morrendo os sonhos dentro de mim

Osvaldo Teles

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