Abri a porteira deixa a tristeza passar
Passaram juntas a amargura e mágoa
Fechei-a para que elas não retornassem
Aproveitei que elas não estavam comigo
Alimentei os desejos mais límpidos
E fui ao encontro do eu perdido
Brinquei feliz como uma criança
Vi ao vivo e a cores a felicidade
Presa a minha origem, raízes
Que ficava como enfeite da face
Encontrei tudo que estava contido
Na fórmula do meu amor próprio
Conciliei o espiritual com o mundano
Cheguei às fronteiras do exterior
A exterioridade não me assustava
A interioridade trazia equilíbrio ao ego
Ali estava a coeficiência do ser
Contemplando a magnitude do Criador
O prazer de estar nos enlaces da vida
Descobri que tudo dependia de mim
Osvaldo Teles
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