Vou lhes contar a história do cabra arretado
Pense no cara brabo segura o laço no dente
Aquele que derruba o touro no braço
Não teme as adversidades que são imposta
Mirava para frente e prosseguia firmemente
A terra sedenta geme a falta de sua gente
Refazia-se a cada gota de chuva que caía
No lombo do pangaré dá drible no destino
Boi boi da cara preta não lhe amedronta
O seu gibão lhe protege dos espinhos
Na capanga leva rapadura e farinha
O alimento de cada dia lhe faltava
Só não faltava as forças para o labor
A danada da enxada tinindo no solo
Preparando-o para receber as sementes
Mas trazia consigo a força do sertanejo
Mandacaru quando floresce é sinal
Que a chuva já caiu lá no meu sertão
A noivinha branca solta o seu canto
A fulô da terra fica bela a flor da terra
Osvaldo Teles
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