quinta-feira, 5 de março de 2020

Corpo inerte

Silêncio! Endurecida fica a voz
O grito fica preso na garganta
Faltam palavras a serem ditas
Uma calmaria ocupa o quarto

Só fica o corpo inerte na cama
Parado com os olhos estáticos
Preso dentro de um cara passa
Apertado me sinto aqui dentro

Como uma borboleta no casulo
Louco para ganhar asas e voar
As ideias voam buscam o além
Dando rodopios sobre estrelas

Vagueiam pelo espaço sideral
Queria viajar ao centro do eu
Só eu e os seus pensamentos
Apenas a liberdade ia ao lado

Silêncio! Que a alma quer falar
Dos amores e de suas paixões
Das aventuras e das suas lições
Pego o papel para transcrevê-la

Decifrando o que ela quer dizer
Tento ouvir a minha consciência
Solitária ela se encontra comigo
Depois de ter cruzado o âmago

Osvaldo Teles

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