Nascido no interior levo comigo
A simplicidade da minha gente
Orgulho tenho de ser um caipira
Pegando o meu destino no laço
As primeiras lições aprendi foi lá
Contínuo atado a minha origem
Da minha terra guardo saudade
Traços fortes do homem da roça
Meu jeito de falar meio cantado
Igual aos rouxinóis no alvorecer
O semblante sisudo é aparência
Com meu coração igual manteiga
Debaixo do sol derramava o suor
Tenho as minhas mãos calejadas
De puxar a cobra para meus pés
Arando a terra para o seu plantio
Acompanhando-me a vida simples
Nas árvores ouvindo os pássaros
No terreiro as galinhas ciscavam
Na rede olhava o tempo passando
Esperançoso do bom tempo voltar
Na alvorada meu ser vai cantando
Ébrio o aroma do orvalho me deixa
Quando entra nas minhas narinas
Osvaldo Teles
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