Em sua armadura negra está por vir
Com sua foice nas mãos és o terror
A morte é a companheira constante
Armava armadilha para me prender
Desvencilhei mudei ate de caminho
Às vezes conseguia lhe dá dribles
Mudei até de trilha para não lhe ver
Corria como um sujo corre da cruz
Só para não cruzar com a bendita
Prontíssima para tentar surpreender
A qualquer vacilo ela estava aposto
A danada é traiçoeira fica a espreita
Nas esquinas da vida me esperava
Por mais que corresse me aguarda
Preparada para sua última cartada
Pronta para dar o seu bote certeiro
Não estou pronto para ser abortado
Precoce deste mundo que me pariu
Os sonhos intensos ainda ferviriam
A alma vai se sentindo muito jovem
Osvaldo Teles
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