Os dias parecem todos iguais
Embalando a minha saudade
A rotina está me fazendo mal
Sentindo toda minha quietude
Uma cratera se abre no peito
A voz do silêncio me penetra
Jaz meu ser indefeso no leito
Silencioso o ser se concentra
Igual a uma lança pontiaguda
Ouço som do relógio avançar
A lembrança deixei guardada
Muitas vezes ela fica a dançar
Os grandes bailes que dancei
Ainda sinto o seu quente calor
Não sei em que parte eu parei
E na roda do tempo me calou
Mantendo as palavras presas
Um nó apertando na garganta
Levando-me a não ter pressas
Levo peso que a alma sustenta
Osvaldo Teles
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