Diante do espelho está o rosto
O que via ali me deixou pasmo
Não visualizei nem meu rastro
Indo a procura de mim mesmo
Perdi contato com o essencial
Calado fiquei com a mudança
Tentei conectar com o celestial
Colocando dentro a esperança
Fui esquecido em algum lugar
No percurso da minha jornada
Pensei olhar na frente e largar
Tudo nas margens da estrada
Enxergo os traços envelhecidos
Na face de quem foi um menino
Que teve de um dia ser recebido
Concebido num jeito tão genuíno
Crescir aos trancos e barrancos
As marcas ficaram no semblante
Os aprendizados foram lúdicos
As experiências vem fulminantes
Osvaldo Teles
Nenhum comentário:
Postar um comentário