quinta-feira, 15 de abril de 2021

Pela vidraça

Pela vidraça observo as idas e vindas

De passadas rápidas e desordenadas

Numa guerra sangrenta sem espadas

A bravura de alguns ficam na estrada


Consagrado cada vitória conquistada

Depois de ter recebido muita paulada

Não foi fácil cheguei aceitar a lapeada

As que que recebi em minha lombada


Dando como vencido com as batalhas

As lutas vencidas no fio das navalhas

Fazendo-me rasgar minhas mortalhas

Transpondo as mais difíceis muralhas


Às vezes tinha que dar última cartada

Mesmo que fosse uma gigante cilada

Levando-me seguir com a voz calada

Vas deixando minha emoção abalada


Revejo no espelho a imagem perdida

Empenho para ver a linha desenhada

Na face cansada da criatura exaurida

Em meu semblante marca arranhada



Osvaldo Teles

Nenhum comentário:

Postar um comentário