domingo, 4 de abril de 2021

Vago sozinho

Vago sozinho na imensidão do mundão

No lombo do alasão corria muito ligeiro

A solidão é a companheira no estradão

Era apenas neste plano um passageiro


Nas paragens repousar o meu cansaço

Pretendo fazer deste espaço a morada

Prendendo o eu animal bravo pelo laço

Amansado irei viver nessa nova parada


Queria enfrentar a lida com resignação

Nos braços da amada quero seu alento

Retirando do semblante traço de aflição

Devolvendo aos olhos o contentamento


Rezei para o acaso fizesse o seu papel

Olhei para o infinito buscando uma luz

Pedindo salvaguarda para mundo cruel

Aliviando o peso da minha pesada cruz


Dentro de um espaço que não me cabe

Sinto-me como um pássaro engaiolado

Só quem vivia a liberdade é quem sabe

Como é ótimo alcançar o céu estrelado


Osvaldo Teles



Nenhum comentário:

Postar um comentário