domingo, 29 de julho de 2018

Catei os pedaços

Catei os pedaços que foram ficando
Pelo longo e tortuoso caminho
Colei um a um com delicadeza
Fiz um mosaico com os cacos

Entre eles ficaram algumas falhas
Cada pedaço representa um fase
De tudo aquilo de bom ou ruim que vivi
Deitei sobre o berço esplêndido do futuro

Entrei no túnel do tempo migrando
Para uma era vindoura e lá vivenciei
Os momentos benignos e em deleite
A alma se libertou do corpo e decolou

Fiquei amarrado ao fio  existencial
Não ficando solto neste espaço mundano
Com a complexidade de um viver contém
O espiritual encontra-se intrínseco

Na profundeza da alma querendo emergir
Vindo a tona toda a beleza escondida
Deitei sobre o berço esplêndido do futuro
Depois de ter aproveitado o presidente

Osvaldo Teles

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