Na roda do vento os ponteiros avançam
Pelo corpo todo vão ficando as marcas
E os seres mortais vão retrocedendo
A mente vai perdendo a sua lucidez
As passadas não tem a velocidade
De outrora um simples caminhar cansava
Até a fala se torna mais compassada
Voltando a engatinhar como criação
O reflexo do espelho e impiedoso
Refletindo os desenhos do tempo
Não foi atemporal tudo foi na época certa
Os botões só florescem na primavera
Atropelei tudo que vinha a minha frente
Sádico levava as coisas na esportividade
Não esperava que a velhice chegasse
E que os males da idade acompanhasse
As rugas mostram os efeitos na face
A voz da experiência quis me alertar
Que a vida passa muito rapidamente
Em um piscar ela pode me abandonar
Osvaldo Teles
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