sábado, 15 de outubro de 2016

Visto a beleza

Visto a beleza do seu rosto
A alma se entrega apaixonadamente
A sua nudez faz-me viajar sem sair
Do lugar, onde vou parar com esse
Imaginário, não quero parar
Quero adentrar em seu mundo
Muda a minha alma segui, só observando
Deslumbrada diante de tua pele nua
Deslocando-me, fico com a ideia fixa
Descansar na frondosa árvore do amor
Sentindo todo calor que flui de ti
Mãos em brasa a me acariciar
Tira-me do chão, o corpo queima
Libertino os dados procuram os pontos
Sensível do seu escultural corpo
Máquina a me transportar
Para o planeta dos sonhos maravilhosos
Só há um desejo contido em primazia
Que rompe o miocárdio, apertado
Explode, vai dilatando, o prazer domina
Estático dois seres ficam depois
Que toda energia expande e sai do cerne
O espírito entra em contato com o irreal
Vem devagarinho, não assusta me deixa
Este momento único, a mente vaga
Querendo encontrar a ignição que deu partida
Para esta viagem transcendental: amor
Joga o véu sobre sobre o teu rosto
Esconde de mim, diminuindo este fascínio
Abranda este querer fazer de você o vício
Compulsivo de te ter por toda a minha vida
Amando-te com a virilidade de um amante
Que extrai do seu interior a sua capacidade
De amar, vivendo entre o sonho e o real

Osvaldo Teles

Nenhum comentário:

Postar um comentário