sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Não sai de mim

Não sai de mim esta ideia fixa
Reavivar tudo que vivi no passado
Trazendo comigo todos os sonhos
Que enfeitava meu mundo criança
Tudo passava fugaz a minha frente
Nas rodas do tempo perdia a noção
Não dava para ver os dias passarem
As brincadeiras eram inúmeras
A gangorra embalava as fantasias
Bola de gude, fura pé, jogava pião
Fica vidrado vendo ele rodopiar
A cabeça rodopiava dando voltas
Hipnotizado ficava, fora da realidade
As cantigas de roda fazia-me viajar
Domarê, Se esta rua fosse minha
Alecrim, O cravo brigou com a rosa
As preocupações fugiam com a brincadeiras
Tudo era motivo para galhofada, gargalhada
A meninada brincando no coreto da praça
Sem malícia brincavam meninas e meninos
Tudo decorria na mais perfeita harmonia
Hoje vejo para mim depois de grande
Recordando-me das travessuras de menino
Quem nunca tomou frutas emprestadas no pé
Eu digo emprestada porque a natureza
Encarrega-se de devolver ao seu dono
O perfume do jasmim perfuma as noites
Pela manhã o sonho chocava-se com o real
Fazendo o homem entrar no cenário

Osvaldo Teles

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