Vou seguindo, o seu compasso atento
Qualquer vacilo, posso ficar para trás
Deixo os ponteiros, avançarem
A fé e a esperança, me impulsionam
Compassiva, torna-se a locomoção
Em mim vão ficando, as marcas
Marcando no rosto, o tempo vivido
Olho para mim, e não vejo o reflexo
Do que eu era antes, pele aveludada
O temor aumenta, a distância do ser feliz
Diminuindo as possibilidades, da conquista
Às vezes deixei o coração, suplantar a razão
As badaladas, serviam-me de alerta
Que o tempo passa, com muita pressa
Quis aproveitar cada, milésimo de segundo
Na certeza que ele, não volta atrás
As datas por vezes, só ficam na lembranças
E as transformações, que ocorreram
Esperto é o ser, que aproveita os minutos
Não deixando, nada para depois
Fazendo da vida, uma eterna festa
Os ferimentos, o próprio tempo se encarrega
De buscar a sua cicatrização, sua cura
É melhor pecar, pelo que foi vivido
Do que deixar a vida, passar a nossa frente
Frenético, tento achar a essência da vida
Deparei-me diante do espelho, vendo
As rugas ocasionado, pelo decorrer do tempo
Não tenho pressa para nada, não levo nada
O corpo é servindo, de alimento aos germes
A alma é julgado por Deus, pelo meus atos.
Sempre procurei seguir, o meu caminho
Nunca busquei seguir, atalhos alheios
Osvaldo Teles
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