quinta-feira, 20 de junho de 2013

Solidão


A chuva bate nas janelas
Os seus olhos clareiam-me à noite
O travesseiro serve-me de consolo
Fugaz, o pensamento toca as estrelas

Ah solidão! Vou pegar a carruagem
Empolgado vou correr estradas
Levarei muita esperança na bagagem
Entrelaçando sonho e realidade

O mar revolto, o coração fica à deriva
As gaivotas voando mostram-me o caminho
Os vaga-lumes como luzes da ribalta
Guiam-me até encontrar o meu destino

Um elo liga-me ao espaço
Busco a essência da vida
O senhor supremo tira-me do poço
É um sonho feliz querida

Explosões de emoções sentirás
O meu ser queimará de expectativa
O chão faltará aos pés
Neste momento estarei firme ao seu lado

O esplendor da tua pele nua
Mostrando-me a pujança do seu sangue
O calor do seu corpo, desnudo minha alma
Meu corpo e alma farão grande festa.

Osvaldo Teles

Um comentário:

  1. Mas que poema maravilhoso, Osvaldo, que sensibilidade, amei! Sempre muito bom lê-lo. Beijos com afeto e com muito carinho.

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