quinta-feira, 13 de junho de 2013

A CRUEL SOMBRA DE UMA LOUCURA 


Eu sou um louco
Ando pela estrada
Da vida sem rumo
E sem direção
Ando pela calçada
Sem razão
Fujo do mundo
Como uma presa
Correndo do leão

Dormindo pelas calçadas
Não sei quem sou
Não tenho dono
Só tenho ao meu
Lado abandono

Há na vida
Uma esperança de encontrar-me
Mais eu prefiro
A minha loucura
Pois não estou
Em contato com este mundo sem amor

Trilho por estrada desconhecida
Com a minha mente
Perdida e banida
De uma sociedade ferida
Com a identidade desconhecida

Trago na mente
Farrapo de gente
Travo em versos
A tragédia de um homem
Perdido sem consciência e razão
Que dilacera seu próprio coração

Minha alma clama
Pela fraternidade que um dia
Foi isolada em uma
Alma esfarrapada
Sem rumo da sua estrada
Segue desorientado
Fazendo da sua perna
Automóvel que lhe locomove
Em regato em regato
Fazendo da água seu espelho
Onde passa o filme
Ligeiro de uma vida
Sem consciência
Sem leito nem pão

Tem como mão amiga
O choque no cérebro
E a camisa de força
Atando suas mãos
Eu sofro a cruel
Sombra de uma loucura
Não tenho esperança
Do acalanto do meu pranto
Não encontro minha Verônica
Que enxugue o meu rosto
Depois que os meus olhos
Tenham derramado torrentes
De lágrimas sofridas
Se eu a encontrasse
No seu manto ficaria
O meu rosto
Pois o cristo sofre comigo
Na sombra de um mundo louco.


Osvaldo Teles

Nenhum comentário:

Postar um comentário