quinta-feira, 13 de junho de 2013

FILHO DO BARRO


Eu filho do barro

E do vento
Composto de matéria
E de espírito
Mamãe concebeu-me nu
O pecado original colocou-me veste
Fui talhado para felicidade
As mazelas dos homens
Fizeram-me triste
Nasci para ser grande
O sistema tornou-me pequeno
O espírito tende encontrar Deus
Porém a carne é fraca
Concluído o ciclo da vida
A morte é o que me a guarda
A matéria voltará ao barro
O corpo virará esqueleto
Os ossos virarão cinzas
O julgamento dos meus atos
Será inevitável
Terei como presente
O jardim do Éden
Ou minha alma ficará presa
Nos confins da terra.

Osvaldo Teles

Um comentário:

  1. Olá! Não sou especialista em crítica literária, mas minha sensibilidade diz que esse é um excelente poema. Uma composição de um eu poético com sentimento profundo e contagiante. Parabéns!

    Edelzuite Ramos

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