domingo, 16 de junho de 2013

Voo rasante


Não! Não podas
O meu sonho
Deixa o meu ser
Cortar o céu
Em um voo rasante
Faz do teu cérebro
A minha bússola
Para que não me
Deixes perdido
Deixa-me fazer
Do teu corpo
A minha espaçonave
Transportando-me para
Um espaço sem fim
Não! Não quero
Parar no tempo
Nem voltar
À minha realidade
Em meio a esta confusão
Faz-me entrar em delírio
Sentindo o prazer
Lúdico desta viagem
Deixa-me sentir o calor
Ardente dos teus lábios
Para que o choque
Não seja muito grande
Entre o sonho e o pesadelo


Osvaldo Teles

Um comentário:

  1. Creio que sonhar é preciso que seriamos sem os sonhos. E o amor nos permite por vezes, nos deixa disperso, em devaneios. Lindíssimo Osvaldo seu poema, adorei! Beijos com afeto e com muito carinho.

    ResponderExcluir