sexta-feira, 7 de junho de 2013

   Projetos culturais na Bahia




     A cultura da Bahia é uma das mais ricas e diversificadas do Brasil. O Estado da Bahia é considerado um dos mais ricos centros culturais do país, lar das mais típicas manifestações de cultura popular, tais como a culinária, a música e praticamente todas as artes.Os baianos são, na maior parte, o resultado de gerações de miscigenação entre os índios nativos, os colonizadores portugueses e os africanos escravizados. O resultado é um povo alegre, sempre pronto para festas, comemorações e muita diversão. Essa vasta expansão cultural manifesta-se de muitas maneiras. Entre as principais expressões da cultura baiana estão:
• Capoeira – Uma expressão pura da cultura afro-brasileira. Como uma arte marcial, a capoeira foi criada pelos escravos africanos na Bahia como uma esperança de sobrevivência, uma ferramenta com a qual um escravo foragido, completamente despreparado, poderia sobreviver e lutar contra os agentes coloniais encarregados de encontrar os fugitivos. Por esse motivo, foi declarada ilegal pelos colonizadores portugueses. Então, para continuar praticando esse estilo de luta, os escravos viram a necessidade de disfarçá-la como uma dança. O resultado é uma forma de arte que combina luta, dança, e música. Em Trancoso, há sessões regulares de treinamento de capoeira e apresentações públicas, que são frequentadas por muitas crianças, moradores locais e visitantes.
•             Candomblé – Uma religião com influência africana que adora os Orixás, entidades consideradas “espíritos da natureza” e associadas aos quatro elementos: terra, fogo, água e ar. Pode ser descrita como a crença na energia positiva dos antepassados, que viveram nessa terra e que continuam a nos ensinar. No início da colonização, os rituais de candomblé eram praticados em quintais e nas senzalas. Para ocultar a sua religião dos colonizadores portugueses, os escravos africanos associavam cada divindade do candomblé a um santo correspondente do catolicismo, resultando em um sincretismo religioso que dura até hoje. Independentemente de raça ou classe social, essa mistura de religiões africanas e do cristianismo já está incorporada na vida cotidiana baiana. A maioria das pessoas na Bahia se identifica com um ou mais dos “pais” Orixás e oram para eles, pedindo proteção, saúde e paz.
•             Forró – Uma das principais danças tradicionais locais que pode ser vista na maioria das festas na Bahia. É um ritmo local cativante que faz os quadris mexerem e as pistas de dança lotarem! Os sorrisos largos, contagiantes e o bem-estar geral são os sinais e indícios comuns identificados nos dançarinos. Tradicionalmente, é uma dança de casal e a música     envolve apenas três instrumentos (o acordeão, a zabumba e o triângulo).
A cultura desenvolvida em Salvador, primeira capital do Brasil até 1763, e no Recôncavo baiano, exerceu influência decisiva em outras regiões do país, e na própria imagem que se tem do Brasil no exterior. Desde o século XVII observa-se no estado uma dualidade religiosa: de um lado, a religião católica (de origem européia); do outro, o candomblé (de origem africana).
Já no século passado firmou-se o gosto do baiano - tanto o de origem abastada quanto o pobre - pelo epigrama (tipo de poesia satírica); pelas modinhas (poesia lírica musicada); e, também, pelos sermões religiosos, praticado desde Frei Vicente do Salvador e tendo seu ápice em António Vieira.
A chegada dos africanos vindos do Golfo de Benim e do Sudão, no século XVIII, foi decisiva para desenvolver a cultura da Bahia como um todo. Segundo Nina Rodrigues, isso é o que diferencia a cultura baiana da cultura encontrada nos outros estados brasileiros. Nesses, os africanos que vieram eram, predominantemente, os negros bantos de Angola.
Os negros iorubanos e nagôs estabeleceram uma rica cultura nas terras da Baía de Todos os Santos. Pois que tinham religião própria, o candomblé; música própria, a chula, o lundu; dança própria, praticada no samba de roda; culinária própria, que deu origem à culinária baiana, inventando diversos pratos com base no azeite-de-dendê e leite de coco (tudo com muita farinha-de-guerra dos índios tupinambás e tapuias), e sobremesas, desenvolvendo o que veio de Portugal; luta própria, a capoeira, e o maculelê; vestimenta própria, aliando as já tradicionais indumentárias africanas às fazendas (tecidos) portugueses; e uma mistura de línguas, mesclando iorubá com português.
No século XIX, os visitantes começaram a cultuar a imagem da Bahia como de uma terra alegre, bonita, rica (por causa da cana-de-açúcar e das pedras preciosas das Lavras) e culta, que dava ao Brasil grandes intelectuais e ministros do Gabinete Imperial, como Rui Barbosa, que foi ministro da Fazendo no final do século XIX.
Na década de 1870, as baianas começaram a migrar para o Sudeste do país em busca de emprego. E, assim, essas "tias" baianas foram disseminando a cultura da Bahia, vendendo acarajés em seus tabuleiros e gamelas, dando festas onde se dançava samba-de-roda (que, mais tarde, modificado pelos cariocas, iria resultar no samba como se tornou conhecido), desfilando suas batas e panos-da-costa pelas ruas da Capital Federal. Por isso, naquela época, chamava-se de baiana todas as negras bonitas, segundo afirma Afrânio Peixoto, no "Livro de Horas".
A partir da década de 20 do século XX, torna-se moda fazer músicas em louvor à Bahia. E houve grande polêmica quando o sambista Sinhô, contrariando, cantou que a Bahia era "terra que não dá mais coco". Baianos e cariocas, tais como Donga, Pixinguinha, Hilário Jovino Ferreira e João da Baiana, foram defender a Bahia.
A partir da década de 30, primeiro pelos romances de Jorge Amado e depois pelas músicas de Dorival Caymmi, ficou estabelecida ante o Brasil a imagem que se tem da Bahia, de um local paradisíaco, com povo hospitaleiro e festeiro, perdurando até os dias atuais.
Qualicultura retorna à Paulo Afonso com o módulo de financiamento cultural
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Palestras e videoconferências realizadas pela SecultBa orientam sobre execução de Projetos
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Grupo de música tradicional, integrante do Ponto de Cultura Sons de Canudos/Associação Sociocultural Umbigada, Pífanos de Bendengó, se apresenta em Lisboa (Portugal), dias 25 e 26 de abril, durante as comemorações do Ano do Brasil em Portugal, com patrocínio da Funarte/Minc. Já em maio, a banda participa do show de encerramento da II Celebração dos Sertões.
Filme “Depois da Chuva”, apoiado pela SecultBA, será exibido no Festival de CannesO longa apoiado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) através da chamada pública Demanda Espontânea, em 2011, “Depois da Chuva”, foi selecionado pelo Festival de Cinema Independente de Buenos Aires (Bafici) para sessão especial no Festival de Cannes (França). Dirigido por Cláudio Marques e Marília Hughes, o longa-metragem será exibido em sessão.
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Encontro sobre festivais e mostras marca Dia Internacional da Dança
Representantes de importantes eventos de difusão da dança na Bahia se reúnem no TCA para um debate com o público Em 29 de abril (segunda-feira), Dia Internacional da Dança, às 20 horas, na sala principal do Teatro Castro Alves (TCA), será realizado o encontro Festivais e Mostras de Dança: Trajetórias e Impactos na Sociedade. O [...]
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  APOIO A PROJETOS, ENCONTROS E CURSOS
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A marujada

A Marujada, uma das mais tradicionais manifestações culturais de Curaçá, em homenagem ao padroeiro São Benedito,  que acontece nos dias 30 e 31 de dezembro, terá seu destaque no I Salão Baiano de Turismo, realizado a partir de hoje, em Salvador. Uma equipe de marujos partiu na tarde de ontem para a capital baiana e já se encontra no Salão, fazendo as apresentações, numa síntese de como se dá o espetáculo na nossa Cidade. O evento é o maior  marketing turístico da Bahia e reunirá os atrativos das 13 Zonas Turísticas do estado, 55 operadores internacionais, 60 operadores nacionais, 40 jornalistas especializados nacionais e internacionais, todo trade turístico da Bahia, além de um público estimado em 3 mil pessoas por dia.

Negro fugido

O Nego Fugido é um espetáculo da cultura popular santamarense que funde elementos da dança, da música, do candomblé e do teatro. Ele registra uma manifestação popular única, mantida há pelo menos um século pelos moradores de Acupe. Trata-se de uma encenação que recria, anualmente, a luta pela libertação dos escravos. Tendo como cenário as ruas de Acupe, os personagens de Nego Fugido revivem o ideal de liberdade almejado pelos escravos. Esta encenação traduz a versão dos moradores do local em relação à libertação dos escravos: uma conquista dos negros e não uma concessão dada pela princesa Isabel.
O “Nego Fugido” conta a história do negro que fugia, era perseguido nas matas e vestia-se de folhas de bananeira para se camuflar. É uma manifestação popular única, que se mantém desde o século XIX, originária de escravos africanos de origem Nagô. Trata-se de uma recriação das lutas da resistência negra contra o regime escravocrata, encenada até hoje pelos moradores de Acupe, distrito de Santo Amaro.


Zambiapunga

A cidade de Nilo Peçanha, na Bahia, que tem cerca de 18.000 mil habitantes, traz como maior representação cultural dos seus legados, o zambiapunga que é considerada o símbolo da cultura popular da região.  Esta manifestação, que tem mais de duzentos anos de existência, simboliza o autêntico folclore baiano e é considerada uma manifestação exclusiva da Região do Baixo Sul da Bahia. Tem origem nos povos bantos, que vieram da África, mais especificamente do Congo e de Angola.
 Tradicionalmente o Zambiapunga desfila na madrugada do dia 31 de outubro para o dia 1º de novembro, nos festejos juninos e, sobretudo, nos que envolvem a devoção ao padroeiro da cidade. Porém, uma outra data significativa para a apresentação desta dança ocorre no dia de Todos os Santos, que antecede o feriado de finados. Neste dia em especial, o colorido das roupas usadas na apresentação, representa as boas energias para receber os espíritos com cores e alegria.
 O grupo de Zampiapunga de Nilo Peçanha é formado por cerca de 60 homens que saem mascarados, trajando roupas e capacetes coloridos feitos de papel de seda e cetim. Os sons, que são tocados nestes eventos culturais, são extraídos de instrumentos como enxadas, tambores, cuícas (berra boi) e búzios - ferramentas utilizadas pelos escravos no dia a dia de seus trabalhos nas lavouras e nos remanescestes de quilombos que ainda hoje existem nesta região.
Este grupo tem no total 120 integrantes, sendo 70 adultos e 50 crianças e adolescente entre 10 e 18 anos (estes últimos fazem parte do Zambiapunga mirim). Uma curiosidade do grupo é o laço de parentesco que existe entre eles, já que a grande maioria faz parte de um mesmo núcleo familiar. Dessa forma, dá-se continuidade a uma tradição herdada de pai para filho originada dos antigos mestres da cultura popular da região.


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