Dama da noite
Em pleno verão
Vejo minhas lágrimas
Rolando no chão
Sinto a quietude
Da noite sendo
Substituída pela solidão
Quando estou andando
Pela calçada
Não sei se estou
No ar ou no chão
Só sinto um grande
Peso no meu coração
Os meus dias estão
Tornando-se noite sem luar
Quando estou andando pela rua
Sinto minha pele nua
Os meus poros abrem
Uma grande extremidade
Onde a grandeza
Do teu amor
Penetra no meu interior
Onde sua beleza deslumbra
E clareia minha alma
Na imensidão da sua alma
Só sua voz me acalma
Sua presença ampara-me
A distância não nos separa
Porque sua fisionomia está
Gravada na minha mente
Como você fosse minha
Amante neste instante
Este instante prolonga-se
Porque quero fazer
De você minha dama
Dama da noite como luar
Onde te esconde que
Não consigo encontrar-te
Dama da noite enobrecida
Venha logo para ser
Minha esposa, minha amiga
Dama da noite teus olhos
São escuros como
As águas do rio negro
Mas mesmo assim procuro
Mergulhar profundamente neles
Para descobrir teus segredos
Dama da noite eu sou o grão
Tu és o meu chão
As minhas lágrimas rolam
No rosto caindo no chão
Surgindo nos grãos
Grãos de amor, esperança e compreensão
Dama da noite vou te encontrar
Mesmo Que seja na escuridão
Osvaldo Teles
Que lindo poema Osvaldo, tamanha sensibilidade, amei! Beijos com afeto e com muito carinho.
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