quinta-feira, 13 de junho de 2013

Dama da noite

         

Em pleno verão

Vejo minhas lágrimas

Rolando no chão

Sinto a quietude

Da noite sendo

Substituída pela solidão

Quando estou andando

Pela calçada

Não sei se estou

No ar ou no chão

Só sinto um grande

Peso no meu coração

Os meus dias estão

Tornando-se noite sem luar

Quando estou andando pela rua

Sinto minha pele nua

Os meus poros abrem

Uma grande extremidade

Onde a grandeza

Do teu amor

Penetra no meu interior

Onde sua beleza deslumbra

E clareia minha alma

Na imensidão da sua alma

Só sua voz me acalma

Sua presença ampara-me

A distância não nos separa

Porque sua fisionomia está

Gravada na minha mente

Como você fosse minha

Amante neste instante

Este instante prolonga-se

Porque quero fazer

De você minha dama

Dama da noite como luar

Onde te esconde que

Não consigo encontrar-te

Dama da noite enobrecida

Venha logo para ser

Minha esposa, minha amiga

Dama da noite teus olhos

São escuros como

As águas do rio negro

Mas mesmo assim procuro

Mergulhar profundamente neles

Para descobrir teus segredos

Dama da noite eu sou o grão

Tu és o meu chão

As minhas lágrimas rolam

No rosto caindo no chão

Surgindo nos grãos

Grãos de amor, esperança e compreensão

Dama da noite vou te encontrar

Mesmo Que seja na escuridão


Osvaldo Teles

Um comentário:

  1. Que lindo poema Osvaldo, tamanha sensibilidade, amei! Beijos com afeto e com muito carinho.

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