Coloquei a cachaça com mel e limão
A dor dói vou afogar minhas mágoas
Não suporto mais é demais a solidão
Estás impregnada igual a uma nódoa
O coração bateu desatinado no peito
Provocando um enorme desequilíbrio
Na mente estou sentindo o seu efeito
Tudo roda fiquei completamente ébrio
Meu companheiro é o relento da noite
No banco da praça o boêmio convicto
De gole em gole vai passar o pernoite
Belíssimos poemas apaixonado recito
Sobre o manto azulado um ser padece
Do horror que ausência do amor causa
Calo-me nesse silêncio a voz emudece
Parece que o viver fez a grande pausa
As paisagens passando-as corriqueiras
Ficando aleatórias às minhas fantasias
Quem dera que a angústia fosse ligeira
Devolvendo a minha alma toda alegoria
Osvaldo Teles
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