sexta-feira, 4 de junho de 2021

Afogar minhas mágoas

Coloquei a cachaça com mel e limão

A dor dói vou afogar minhas mágoas

Não suporto mais é demais a solidão

Estás impregnada igual a uma nódoa


O coração bateu desatinado no peito

Provocando um enorme desequilíbrio

Na mente estou sentindo o seu efeito

Tudo roda fiquei completamente ébrio


Meu companheiro é o relento da noite

No banco da praça o boêmio convicto

De gole em gole vai passar o pernoite

Belíssimos poemas apaixonado recito


Sobre o manto azulado um ser padece

Do horror que ausência do amor causa

Calo-me nesse silêncio a voz emudece

Parece que o viver fez a grande pausa


As paisagens passando-as corriqueiras

Ficando aleatórias às minhas fantasias

Quem dera que a angústia fosse ligeira

Devolvendo a minha alma toda alegoria


Osvaldo Teles



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