terça-feira, 22 de junho de 2021

Corpos enrolados

Em uma manhã fria e chuvosa

Os pingos batendo nas janelas

O romantismo assume o quarto

Os toques nos levam ao clímax


Como as labaredas nos queima

Fazendo arder em chama o ser

Os nossos lábios se procurando

Corpos enrolados nos madrigais


Entre uns goles e outros de café

Es o aquecedor dos corpos frios

As carícias vão nos aquecendo

A quentura corre nas entranhas


Igual a fogo queimando as veias

As peles se procuram em ritual

Vão se acoplando na perfeição

De uma paixonite avassaladora


A brasa de emoção nos acende

O silêncio mórbido é quebrado

Pelos sons dos nossos sorrisos

O tempo passa sem ser notado


Osvaldo Teles



Nenhum comentário:

Postar um comentário