segunda-feira, 10 de agosto de 2020

A sombra do jequitibá

A sombra do jequitibá ouvia o vento

Soprando com toda sua delicadeza

Deixando todos os pelos arrepiados

Os poros se abrem e o ser sente frio


No topo a passarada fica cantando

Uma grande sinfonia e orquestrada

O tempo vai passar sem ser notado

Vou sentindo a bênção de está vivo


As trombetas anunciando o anoitecer

Na boca da noite a cortina celestial

Era retirada mostrando sua beleza

No terreiro me sentava enternecido


Sobre o céu estrelado vou apreciar

A formosura da noite de lua cheia

Seu feitiço aos poucos me envolve

Apossando-se de uma mente puritana


Pervertendo a minha alma ingênua

Meu recanto é o castelo encantado

Onde a bela descansa dentro dele

Vou ficar envolto nos braços dela


Osvaldo Teles


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