O silêncio grita alto e penetrante
Cortante como navalha amolada
Vem dilacerando o meu coração
Deixando os fragmentos no peito
Desmoronando minhas estruturas
Quando me encontro em silêncio
Ouço apenas uma voz a me falar
O que se passa no mundo interior
Como uma oração vou meditando
Mediante a necessidade que sinto
De estar em constante transições
A porta entreaberta para a solidão
Memorando que passou até então
Na cabeça começa os flashbacks
Todo o meu passado vem à mente
Levo este estigma sempre comigo
Não há como me desprender dele
Está intrinsecamente ligado a mim
Quis torná-lo parte de um passado
Porém ele insiste em me perseguir
Osvaldo Teles
Nenhum comentário:
Postar um comentário