Só consigo ver o vulto no espelho
A imagem daquele que fui um dia
O amadurecimento seria inevitável
Mesmo sabendo que seria doloroso
Não podia me esconder do destino
Mas tinha que passar por tudo isto
Rugas desenhadas na minha testa
Ficando explícita a ação do tempo
O corpo também sentia seu efeito
As pernas já estão todas consadas
Tirando a velocidade das passadas
Tenho que seguir tocando em frente
Sem olhar para trás vou prosseguir
Ainda tenho um futuro para planejar
Os meus motivos continuam acessos
Não fui parido neste plano por acaso
A missão estava devidamente traçada
Desde a concepção no ventre materno
Tive a incumbência de cuidar da vida
Buscando os sentidos da existência
Osvaldo Teles
Nenhum comentário:
Postar um comentário