Sou nordestino cabra da peste
Sou o cabra retado da moléstia
Nem a ventania vai me derrubar
Não vou fugir de uma boa batalha
Trabalho diário não mete medo
Vou debaixo do sol e da chuva
Fé e coragem jamais me faltará
No belo raiar do dia estou de pé
Uma prece faço para meu Deus
Num rompante logo me levanto
Acorda também a força do touro
Pronto para os difíceis desafios
Encarando com muita bravura
Chapéu de palha proteja do sol
O facão trago na minha cintura
Abro caminho para vida passar
Não me amedronto da cara feia
Que muitas vezes a vida me faz
Vou desatar os nós com a boca
Curo as feridas com uma pinga
Osvaldo Teles
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