quarta-feira, 3 de maio de 2017

A alma dita

Os aromas campestres invadem-me
Confundindo-se com o seu cheiro
A garoa do amanhecer sobre os matos
Causando em mim total dependência
Vou absorvendo a sua suavidade
O meu pensar ganha a velocidade da luz
Perco o equilíbrio as ideias condensam-se
Sensível a inspiração adentra o meu ser
A alma dita o que o coração sente
Lindas palavras resplandecentes fluem
Não dou limites a minha imaginação
Deixando-a livre para bater asas e voar
Vou costurando as estrelas para fazer
O adorno para enfeitar o seu pescoço
Já despi a minha pele, o corpo te aguarda
Os polos vertem o calor que absorve de ti
Eu abri os meus braços para receber
O teu terno corpo em uma abraço
Ficando-os livres para prosseguir voando
Por vezes visualizo o brilho dos teus olhos
Indicando o rumo certo para a decolagem
Trazendo-nos pelos o cheiro do seu perfume
Nos lábios o sabor do seu doce batom
O amor sendo o dono dos nossos impulsos

Osvaldo Teles

Nenhum comentário:

Postar um comentário